terça-feira, 20 de maio de 2008

A todos eles Obrigada e um até um dia...


A chegar ao fim de mais uma etapa... Novas experiências, novos conhecimentos adquiridos, novas emoções sentidas, novos sorrisos roubados, novas gargalhadas, novas lágrimas derramadas, novos abraços dados... E assim chega ao fim... Um misto de felicidade com um misto de tristeza, felicidade pelo prazer de conhecer a experiencia da vida, pela oportunidade de poder ouvir as histórias vindas daquelas bocas dum rosto enrugado, cheio de vida, cheio de experiencias, infelizmente nem sempre das melhores, pelo prazer de tocar nas mãos que por muito já passaram, o corpo cansado, muitos ali despojados, por descargo de consciencia das suas familias... Tristeza pelo abandono destas vidas, que tanto têm para ensinar, que tanto têm para dar, a procura do porquê é incessante e ali colocados ali ficam à espera que a morte os venha buscar... Muitos dizem, "eu só pedia que cuidassem de mim, que não me pusessem num lar", mas os próprios filhos os largam naqueles sitios frios, longe da ternura e do amor para ali morrerem sozinhos. Mas ainda assim sorriem, ainda assim traquinas, ainda assim malandrinhos, uns mais bem-humorados que outros, todos à espera de uma mão amiga, de um bom dia com um sorriso rasgado, de um pouco de atenção... Marotos esperam por nós, para darmos um último beijinho, um último abraço, uma última ternura, um último beijo dado na nossa mão, um último afagar de mãos, com uma lágrima no canto do olho se despedem de nós e dizem-nos para não nos esquecermos deles, e nós pergunta-mos como isso é possível? Inesquecíveis, todos eles ao seu jeito, todos eles com o seu olhar, todos eles com o seu sorriso, todos eles com o seu riso, todos eles com o seu chorar... Únicos, verdadeiros mestres da vida!

...Há coisas que não são para se perceberem..."

" Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas…Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível…
O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo…
Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria…
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 14 de maio de 2008

you & me




what day is it
and in what month
this clock never seemed so alive
I can't keep up
and I can't back down
I've been losing so much time

cause it's you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to lose
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

all of the things that I want to say
just aren't coming out right
I'm tripping inwards
you got my head spinning
I don't know where to go from here

cause it's you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to prove
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

there's something about you now
I can't quite figure out
everything she does is beautiful
everything she does is right

you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to lose
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to prove
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

what day is it
and in what month
this clock never seemed so alive

domingo, 4 de maio de 2008



Do you want a hug? =)