...This is Christmas...
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
“…Isto é quase que doentio foi o que ela lhe disse, e ele riu-se para ela com aquele jeito de menino. É um amor doentio, que te atrai e que te afasta, um amor que te faz chorar e rir ao mesmo tempo, que te faz amar e odiar no mesmo instante. É um amor que nunca esqueces, um amor que te faz esquecer de ti, é um amor que te faz falta, que te sufoca, que te liberta, que te faz bem, que te faz mal. Um amor que fala pelo olhar, as palavras só o incomoda, um amor que deixa saudades, e que agora gostava de falar as palavras que tanto o atrapalhavam que tanto o deixavam sem graça. Palavras essas que ficam guardadas, para sempre, palavras que com um simples abraço transbordariam e ficarias a saber o que ela te queria dizer. Confuso, não?...”
terça-feira, 12 de novembro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
"um dia ao teu lado um minuto sem ti"
"Foda-se, que eu amo-te tanto. Que eu quero-te tanto, que eu preciso-te tanto. Foda-se, que é tão bom amar-te assim, como se me faltasse o ar quando me faltas e ainda me faltasse mais o ar quando te tenho.
Hoje quero esquecer as palavras bonitas, as palavras mansas, e ser selvagem, duro e forte como é selvagem, duro e forte o que te sinto. Hoje não quero a poesia – senão a p...oesia de te querer como um louco, de te desejar como à vida. Hoje amo-te em palavras grandes, em palavrões: foda-se, que te amo tanto, meu amor.
E o teu corpo. O cabrão do teu corpo, a perdição do teu corpo. Procuro-o como um dependente insaciável, como se não houvesse mais mundo para além da tua pele. E a verdade, a puta da verdade, é que não há. Há a curva dos teus ombros, o espaço vazio do teu colo quando não estou em ti, a boca gulosa do teu sorriso. E as tuas pernas a abrirem para mim como se todas as necessidades se concentrassem na necessidade de ti, como se o prazer fosse o dono do mundo. E é.
Quero que tudo o resto vá para o caralho se estiveres nos meus braços. Eis a mais cruel das sentenças, e que me perdoem os outros, que me perdoe até Deus e o seu pecado, que me perdoem os politicamente correctos e os coitadinhos que ficam pelo meio caminho. Que me perdoe toda a gente mas tudo o que quero é a certeza do teu corpo e a verdade da tua alma. É o que me basta para ter a certeza e a verdade de mim, deste mim que só tu trouxeste, deste mim que só contigo existe. Este mim que só quer a vida, a mais pura das vidas: amar até ao fim do dia, amar todos os dias, amar até que a noite chegue e amar até que a manhã volte a chegar. Amar-te para que nada me falte. Apetece-me em ti o fim do mundo. E chegas-me tu para nada me faltar. Chega-me que venhas, com esse teu passo de princesa e de demónio, esse teu olhar de “protege-me com carinho mas nunca deixes de me foder com força”, e me digas para te dar a ternura sem te tirar o suor, para te dar a cumplicidade sem te tirar o gemido, para te dar comunhão sem ter medo de te devorar, até à última gota, no chão. Chega-me que venhas e que te venhas, que me queiras e me precises. Chega-me que sejas esta espécie de tudo, esta espécie de absoluta senhora do que sou e sinto, do que sinto e penso. Chega-me que sejas.
Hoje precisava de te dizer que só os pequenos amores resistem com pequenas palavras. Com um simples “amo-te”, com um doce “és linda”. Só os pequenos amores resistem com pequenas palavras. O nosso é grande demais para sequer resistir com palavras como as outras, com palavras que já existem, com palavras que alguém um dia, por tanto serem ditas, colocou num dicionário. Não. O nosso exige palavras novas e grandes, como “amotecomócaralhomeudeus”, ou “amoteatéaofimdosossosfoda se”, e tantas outras que todos os dias e todas as noites, na cama, no sofá, na rua e em todos os locais em que nos amamos (e nós amamo-nos em todos os lugares, graças a Deus), vamos inventando para dizermos um ao outro. É a nossa maneira de nos fazermos em palavras. É a nossa maneira, ainda assim incompleta, de nos dizermos inteiros ou nenhuns. E não somos nada saudáveis, nada recomendáveis, nada equilibrados. Queremos a total pertença ou preferimos a total ausência. Pode ser impraticável manter esta força, este tesão, esta intensidade, este “éagoraoununca”, este “oumedástudooubempodesdesa ndardaqui” para sempre. No fundo, tu sabes e eu sei que podemos muito bem ser impossíveis. Mas para que merda serve o que é possível?" Pedro Chagas Freitas
Bruto e duro mas de tal forma tão sincero e tão real que nos dá arrepios quando o lemos, quando nos revemos nestas palavras sem floreados. Palavras verdadeiras que nos trespassam e nos fazem pensar.....
Hoje quero esquecer as palavras bonitas, as palavras mansas, e ser selvagem, duro e forte como é selvagem, duro e forte o que te sinto. Hoje não quero a poesia – senão a p...oesia de te querer como um louco, de te desejar como à vida. Hoje amo-te em palavras grandes, em palavrões: foda-se, que te amo tanto, meu amor.
E o teu corpo. O cabrão do teu corpo, a perdição do teu corpo. Procuro-o como um dependente insaciável, como se não houvesse mais mundo para além da tua pele. E a verdade, a puta da verdade, é que não há. Há a curva dos teus ombros, o espaço vazio do teu colo quando não estou em ti, a boca gulosa do teu sorriso. E as tuas pernas a abrirem para mim como se todas as necessidades se concentrassem na necessidade de ti, como se o prazer fosse o dono do mundo. E é.
Quero que tudo o resto vá para o caralho se estiveres nos meus braços. Eis a mais cruel das sentenças, e que me perdoem os outros, que me perdoe até Deus e o seu pecado, que me perdoem os politicamente correctos e os coitadinhos que ficam pelo meio caminho. Que me perdoe toda a gente mas tudo o que quero é a certeza do teu corpo e a verdade da tua alma. É o que me basta para ter a certeza e a verdade de mim, deste mim que só tu trouxeste, deste mim que só contigo existe. Este mim que só quer a vida, a mais pura das vidas: amar até ao fim do dia, amar todos os dias, amar até que a noite chegue e amar até que a manhã volte a chegar. Amar-te para que nada me falte. Apetece-me em ti o fim do mundo. E chegas-me tu para nada me faltar. Chega-me que venhas, com esse teu passo de princesa e de demónio, esse teu olhar de “protege-me com carinho mas nunca deixes de me foder com força”, e me digas para te dar a ternura sem te tirar o suor, para te dar a cumplicidade sem te tirar o gemido, para te dar comunhão sem ter medo de te devorar, até à última gota, no chão. Chega-me que venhas e que te venhas, que me queiras e me precises. Chega-me que sejas esta espécie de tudo, esta espécie de absoluta senhora do que sou e sinto, do que sinto e penso. Chega-me que sejas.
Hoje precisava de te dizer que só os pequenos amores resistem com pequenas palavras. Com um simples “amo-te”, com um doce “és linda”. Só os pequenos amores resistem com pequenas palavras. O nosso é grande demais para sequer resistir com palavras como as outras, com palavras que já existem, com palavras que alguém um dia, por tanto serem ditas, colocou num dicionário. Não. O nosso exige palavras novas e grandes, como “amotecomócaralhomeudeus”,
Bruto e duro mas de tal forma tão sincero e tão real que nos dá arrepios quando o lemos, quando nos revemos nestas palavras sem floreados. Palavras verdadeiras que nos trespassam e nos fazem pensar.....
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
"Comecei a amar-te no dia em que te abandonei.
Foram as palavras dele quando, dez anos depois, a encontrou por mero acaso no café. Ela sorriu, disse-lhe “olá, amo-te” mas os lábios só disseram “olá, está tudo bem?”. Ficaram horas a conversar, até que ele, nestas coisas era sempre ele a perder a vergonha por mais vergonha que tivesse naquilo que tinha feito (como é que fui deixar-te? como fui tão ...imbecil ao ponto de não perceber que estava em ti tudo o que queria?), lhe disse com toda a naturalidade do mundo que queria levá-la para a cama. Ela primeiro pensou em esbofeteá-lo e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, de seguida pensou em fugir dali e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, e finalmente resolveu não dizer nada e, lentamente, a esconder as lágrimas por dentro dos olhos, abandonou-o da mesma maneira que ele a abandonara uma década antes. Não era uma vingança nem sequer um castigo – apenas percebeu que estava tão perdida dentro do que sentia que tinha de ir para longe dali para ir para dentro de si. Pensou que provavelmente foi isso o que lhe aconteceu naquele dia longínquo em que a deixara, sozinha e esparramada de dor, no chão, para nunca mais voltar.
De tudo o que amo és tu o que mais me apaixona.
Foram as palavras dela, poucos minutos depois, quando ele, teimoso, a seguiu até ao fundo da rua em hora de ponta. Estavam frente a frente, toda a gente a passar sem perceber que ali se decidia o futuro do mundo. Ele disse: “casei-me com outra para te poder amar em paz”. Ela disse: “casei-me com outro para que houvesse um ruído que te calasse em mim”. Na verdade nem um nem outro disseram nada disso porque nem um nem outro eram poetas. Mas o que as palavras de um (“amo-te como um louco”) e as palavras de outro (“amo-te como uma louca”) disseram foi isso mesmo. A rua parou, então, diante do abraço deles. Não há memória de alguém, algum dia, ter considerado que aquele abraço foi um abraço de traição entre duas pessoas casadas. Toda a gente percebeu, logo ali, que a única traição seria não abraçar aquele abraço, por mais que houvesse documentos que comprovassem o contrário. Nunca casaram nem nunca se divorciaram. Não queriam perder tempo com papéis desnecessários. Os únicos papeis que assinaram, todos os dias, foram os dos poemas que, religiosamente, deixavam nos mais recônditos e secretos lugares da casa um para o outro. Não eram grandes obras e terminavam, sem qualquer variação possível, sempre da mesma forma: “amo-te”. Nunca receberam qualquer elogio da crítica literária, o que os deixava particularmente irritados. Souberam, anos mais tarde, que toda a sociedade os havia renegado. Chamavam-lhes, mesmo, os fugitivos. Eles, nesse ponto, concordaram em absoluto. Ambos sabiam que haviam fugido durante dez anos. E tinha sido tempo demasiado.
Sim, quero.
Foram as palavras dele quando ela, no registo civil como tinha de ser, lhe perguntou se queria nunca casar com ele."
Foram as palavras dele quando, dez anos depois, a encontrou por mero acaso no café. Ela sorriu, disse-lhe “olá, amo-te” mas os lábios só disseram “olá, está tudo bem?”. Ficaram horas a conversar, até que ele, nestas coisas era sempre ele a perder a vergonha por mais vergonha que tivesse naquilo que tinha feito (como é que fui deixar-te? como fui tão ...imbecil ao ponto de não perceber que estava em ti tudo o que queria?), lhe disse com toda a naturalidade do mundo que queria levá-la para a cama. Ela primeiro pensou em esbofeteá-lo e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, de seguida pensou em fugir dali e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, e finalmente resolveu não dizer nada e, lentamente, a esconder as lágrimas por dentro dos olhos, abandonou-o da mesma maneira que ele a abandonara uma década antes. Não era uma vingança nem sequer um castigo – apenas percebeu que estava tão perdida dentro do que sentia que tinha de ir para longe dali para ir para dentro de si. Pensou que provavelmente foi isso o que lhe aconteceu naquele dia longínquo em que a deixara, sozinha e esparramada de dor, no chão, para nunca mais voltar.
De tudo o que amo és tu o que mais me apaixona.
Foram as palavras dela, poucos minutos depois, quando ele, teimoso, a seguiu até ao fundo da rua em hora de ponta. Estavam frente a frente, toda a gente a passar sem perceber que ali se decidia o futuro do mundo. Ele disse: “casei-me com outra para te poder amar em paz”. Ela disse: “casei-me com outro para que houvesse um ruído que te calasse em mim”. Na verdade nem um nem outro disseram nada disso porque nem um nem outro eram poetas. Mas o que as palavras de um (“amo-te como um louco”) e as palavras de outro (“amo-te como uma louca”) disseram foi isso mesmo. A rua parou, então, diante do abraço deles. Não há memória de alguém, algum dia, ter considerado que aquele abraço foi um abraço de traição entre duas pessoas casadas. Toda a gente percebeu, logo ali, que a única traição seria não abraçar aquele abraço, por mais que houvesse documentos que comprovassem o contrário. Nunca casaram nem nunca se divorciaram. Não queriam perder tempo com papéis desnecessários. Os únicos papeis que assinaram, todos os dias, foram os dos poemas que, religiosamente, deixavam nos mais recônditos e secretos lugares da casa um para o outro. Não eram grandes obras e terminavam, sem qualquer variação possível, sempre da mesma forma: “amo-te”. Nunca receberam qualquer elogio da crítica literária, o que os deixava particularmente irritados. Souberam, anos mais tarde, que toda a sociedade os havia renegado. Chamavam-lhes, mesmo, os fugitivos. Eles, nesse ponto, concordaram em absoluto. Ambos sabiam que haviam fugido durante dez anos. E tinha sido tempo demasiado.
Sim, quero.
Foram as palavras dele quando ela, no registo civil como tinha de ser, lhe perguntou se queria nunca casar com ele."
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
"...Saudade...."
"Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
dói-me a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés
Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta
Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono."
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
dói-me a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés
Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta
Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono."
Mia Couto
terça-feira, 27 de agosto de 2013
"Break my barriers
please set me free
wake me up a little more
please, do it for me!
Seek me in your shadow
where my song is asleep
so my heart can follow
the coziness under your skin
No matter where I am.
In your shadows. In my dreams.
Far, near, over my head.
In the frame or just out of sight.
You, my dear, you own my light.
So come and save me
come and rescue me
Please...sweep me off my feet!"
sábado, 10 de agosto de 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
...Simplesmente Lindo....
Para Ti
"Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
... e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida."
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"Ver mais
"Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
... e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida."
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"Ver mais
sexta-feira, 10 de maio de 2013
…Será que dá para compreender algo assim? Quando o vês só queres que ele te beije te abrace e faça amor contigo onde quer que estejam. Só queres sentir o seu toque sentir mais uma vez todas aquelas sensações maravilhosas que só ele te faz sentir. Só queres sentir o doce beijo, as vossas línguas a entrelaçarem-se, a procura constante dos seus lábios, a vontade imensa que ele te faça dele, mesmo que seja só naquele momento. E quando ele te pergunta se queres apenas conversar… E tu pensas eu não consigo pensar na tua presença tudo fica desfocado tudo gira em torno dele naquele momento deixas de ser racional e só queres ficar envolvida nos braços dele. E quando ele te beija, quando ele te toca tudo se transforma tudo na tua cabeça se esvai em fumo e quando ele te olha, com aqueles olhos que vão até bem fundo da tua alma voltas-te a sentir como uma virgem que acaba de ser desflorada, com tal inocência oferecida àquele homem vezes e vezes sem conta.
Será que ele percebe o efeito que tem em ti? Será que ele percebe que a tua pele só responde ao toque dele? Será que ele percebe que os teus braços só anseiam pelos dele? Será que ele percebe o estremecer do teu corpo quando te beija? Será que ele percebe que te marcou para o resto da tua vida? Não interessa que caminho sigam daqui em diante. Será? Será que ele percebe que és mais dele do que tua?
Porque tudo é efémero, tu sabes ele sabe, mas existe algo que sempre perdura. A saudade… A saudade de um passado… A saudade de um presente… A saudade de um futuro…
Será que ele percebe o efeito que tem em ti? Será que ele percebe que a tua pele só responde ao toque dele? Será que ele percebe que os teus braços só anseiam pelos dele? Será que ele percebe o estremecer do teu corpo quando te beija? Será que ele percebe que te marcou para o resto da tua vida? Não interessa que caminho sigam daqui em diante. Será? Será que ele percebe que és mais dele do que tua?
Porque tudo é efémero, tu sabes ele sabe, mas existe algo que sempre perdura. A saudade… A saudade de um passado… A saudade de um presente… A saudade de um futuro…
[Divagando]
[inacabado]
sábado, 20 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
Completamente viciada nesta música....
Quando a esperança de uma noite de amor
Lhe trouxer vontade para viver mais
E a promessa que a chance terminou
É bobagem é melhor deixar pra trás
Eu tô cansado de sofrer,
Quero dançar sentir calor
E poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, Sorrindo à toa
Só vibrando amor e paz
Sinto a noite, Penso em você
Lembro como é bom amar
Quando você se foi
Choreeei, Choreeei, Choreeeei
Agora que voltou
Sorri, Sorri, Sou Rei
(x2)
(Part. Claudia Leitte)
Saiba que o simples perfume de uma flor
Pode vir, e ser um grande amor na sua vida
Não gaste palavras pra viver
De iludir, os seus sonhos tão raros com mentiras
Não maltrate o coração,
Que dedicou, ao seu sorriso as suas batidas
Será livre pra sentir
Anseios de uma paixão, a ser uma história linda
(Claudia Leitte e Alexandre)
Diga que me adora
Deixe o orgulho e venha, porque já
Está na hora, da gente se encontrar e sermos um
Mas não demora, que é pra chama não desencantar
Se esvair no ar, e só restar lembrança
Eu tô cansado de sofrer,
Quero dançar sentir calor
E poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, Sorrindo à toa
Só vibrando amor e paz
Vejo a Lua, lembro do sonho
Torço pra realizar
Sinto a noite, Penso em você
Lembro como é bom amar
Quando você se foi
ChorAgora que voltou
Sorri, Sorri, Sou Reieeei, Choreeei, Choreeeei
sábado, 6 de abril de 2013
...Simply Falling...
"There goes my heart again
All of this time I thought we were pretending
Nothing looks the same when your eyes are open
Now you're playing these games to keep my heartbeat spinning
You show me love, you show me love You show me everything my heart is capable of
You reshape me like butterfly origami
You have broken into my heart
This time I feel the blues have departed
Nothing can keep me away from this feeling
I know I am simply falling for you
I'm taking time to envision where your heart is
And justify why you're gone for the moment
I tumble sometimes, looking for sunshine
And you know this is right when you look into my eyes
You show me love, you show me love You show me everything my heart is capable of
And now I can't break away from this fire that we started
There my heart goes again
In your arms I'm falling deeper
And there's nothing to break me away from this"
segunda-feira, 25 de março de 2013
Patrick watson - The great escape
"Bad day, looking for a way,
home, looking for the great escape.
Gets in his car and drives away,
far from all the things that we are.
Puts on a smile and breathes it in
and breathes it out, he says,
bye bye bye to all of the noise."
terça-feira, 12 de março de 2013
Que é voar?
"Que é voar?
É só subir no ar,
levantar da terra o corpo,os pés?
Isso é que é voar?
Não.
Voar é libertar-me,
é parar no espaço inconsistente
é ser livre,leve,independente
... é ter a alma separada de toda a existência
é não viver senão em não -vivência
E isso é voar?
Não.
Voar é humano
é transitório , momentâneo...
Aquele que voa tem de poisar em algum lugar:
isso é partir
e não voltar."
Ana Hatherly
quinta-feira, 7 de março de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
... Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
... Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Anseios
Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!
Não ´stendas tuas asas para o longe…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…
Florbela Espanca
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
O que há em mim é sobretudo cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
... Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
... Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
sábado, 19 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
domingo, 13 de janeiro de 2013
Lágrimas Ocultas...
"Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!"
Florbela Espanca
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!"
Florbela Espanca
...Simplesmente Lindo
domingo, 6 de janeiro de 2013
Por vezes os devaneios aparecem-nos
sorrateiramente fazendo com que todo o nosso humor se altere, ficamos
pensativos damos voltas e voltas à cabeça sempre a pensar no mesmo tentando
obter respostas para o que nos preocupa e o que nos causa tanta ânsia.
São devaneios que não consigo explicar,
porque tudo isto é estranho é algo quase sobrenatural que transcende o meu
corpo e a minha mente. É algo que me controla, é algo que às vezes me deixa
enjoada mas que no instante a seguir passa, é algo que me acalma ao mesmo tempo
que me deixa nervosa. Alguma vez sentiram isto? Completamente ridículas, porque
afinal o que lemos e vimos nos filmes existe as borboletas na barriga, o deixar
de comer quando estamos muito tempo sem noticias ou as ânsias pelo chocolate
quando algo não está bem? Por vezes faz-nos dizer coisas completamente
ridículas mas que naquele momento fazem todo o sentido, por mais lamechas que
sejam. Já alguma vez se sentiram tão frágeis e ao mesmo tempo tão fortes? É
algo que num minuto nos faz tão feliz mas no minuto a seguir nos faz chorar, é ridículo
como por vezes sinto tanta raiva e ao mesmo tempo tanto amor. Sim isto é o algo
o amor que sentimos, a paixão que fervilha entre nós, que nos atrai compulsivamente
um para o outro, algo tão mágico, que tu apenas podes sentir uma vez na tua
vida, porque é demasiado poderoso é demasiado incontrolável, porque cada célula
do teu corpo vibra quando essa pessoa está ao teu lado, porque esse amor faz-te
querer passar horas a conversar, porque o último beijo de despedida nunca é
suficiente e desejasse sempre mais, porque nunca estamos saciados do corpo do
outro, porque ficamos ansiosas à espera de uma mensagem por mais trivial que
esta seja. Será isto o estar apaixonado? Se sim é uma sensação única pela qual
vale a pena lutar. E eu questiono-me será que toda a gente tem a felicidade de
a sentir? Será que é possível sentir isto mais do que uma vez na vida? Eu julgo
que não… Este sentimento só acontece uma vez, como podemos sentir isto por várias
pessoas? Não me faz sentido, é demasiado, acredito que existe apenas uma pessoa
que nos faça vibrar desta maneira, que mexa com o nosso corpo desta forma, que
nos beije até ficarmos sem ar e ainda assim queremos sempre mais. Todos estes
sentimentos transbordam do nosso corpo e julgo que uma vez sentido, uma vez
amado com tanta intensidade já não se pode voltar a amar assim porque é um amor
que doí é um amor que cura é um amor que faz sorrir e chorar ao mesmo tempo…
Amores assim não há muitos…
[Divagando]
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