domingo, 13 de julho de 2008


Há quanto tempo não olhas para as estrelas? Mas estou a falar de olhar mesmo, há quanto tempo não te deitas para vislumbrá-las, para não pensar em nada, apenas talvez fazer o acto patético de tentar contá-las, apenas olhá-las mais nada, longe de tudo e de todos, só tu e elas. Todas as preocupações empurradas para bem longe, os teus sonhos esquecidos, o teu corpo liberto, o teu olhar fixo apenas na sua beleza...
Sem nada para dizer, sem silencios constrangedores, nada apenas o imenso manto negro sobre ti...
há quanto tempo não reparas nelas? Preocupada com isto e com aquilo e esqueceste-te de reparar, de olhar, de ver, de sentir.
Pára um momento e volta a reparar, a olhar, a ver, a sentir, encontra-te de novo, deixa tudo para trás, só por um momento, e volta-te a deitar sobre o fresco da relva, sozinha numa noite de verão e volta a contemplá-las, elas guiar-te-ão...
Volta a olhar...